
Em audiência de custódia realizada nessa quinta-feira (24/7), a juíza Juliana Baretta Ferreira Pinto converteu a prisão em flagrante em prisão preventiva de Luiza Cristina de Assis Oliveira, a falsa tenente da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), de 23 anos, por falsidade ideológica.
Antes de se dizer tenente, Luiza trabalhava como caixa em um supermercado de bairro, até que a franquia fechou. Ela foi presa em flagrante depois de tentar enganar o dono de um restaurante no Bairro Milionários, Região do Barreiro, em Belo Horizonte (MG).
Segundo o boletim de ocorrência (BO) da Polícia Militar, ela negociou uma sociedade com o empresário, mas nunca pagou o valor necessário.
Foto com fundo falso
No LinkedIn, a mulher, que é trans, traçou um perfil enxuto, mas direto. Luiza tem uma foto de perfil de montagem, fundo falso com os dizeres da Polícia Militar de Minas Gerais e uma farda montada em uma fotografia de rosto.
Ela dizia ser 1ª tenente da PMMG desde 2024, com atuação na chefia do Núcleo de Justiça e Disciplina da corporação e na “coordenação de Concurso” no Curso de Formação de Oficiais (CFO PMMG).
Para chegar aos cargos, dizia que cresceu na carreira indo de bacharel em direito, depois direito penal e segurança pública pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com início do curso em 2018. Em seguida, teria se tornado 2ª tenente da PM em 2020, chefe da ALCO do 32º Batalhão em 2021 e subcomandante da 6ª Companhia Independente da corporação.
Em publicação feita no início do ano, Luiza se mostrou alegre, com uma selfie com sorriso tímido em uma comemoração honrável. “Dia especial, assumo a chefia do Núcleo de Justiça e Disciplina - 41º BPM/PMMG”, afirmava. O 41° Batalhão de Polícia Militar, localizado na Avenida Afonso Vaz de Melo, no Barreiro, não tem registros da suposta tenente.
Nas redes sociais
A persona era sustentada também no Instagram, plataforma onde a vida perfeita da “tenente” seguia. Nos stories, a mulher republicava vídeos da conta oficial da Polícia Militar e publicava supostos momentos do dia, como um treino de tiro na manhã de 16 de setembro de 2024 e uma formatura do Proerd, em 20 de junho do mesmo ano.
Ela também publicava fotos no feed e tinha destaques com duas crianças, que dizia serem filhos dela. A Polícia Militar confirmou que as fotos pertenciam a outras pessoas e eram utilizadas sem autorização. As publicações seguem no perfil.
Outra tática de Luiza foi a criação de um segundo perfil, desta vez de uma segunda falsa oficial. De nome Marcella Bomfim, o perfil compartilhava também imagens de operações e celebrações policiais, marcava o perfil de Luiza, que compartilhava. A oficial não existe.
Conhecida no bairro
No Bairro Milionários, Luiza já era conhecida. Moradores da região relataram à reportagem que a mulher trabalhava como caixa de um supermercado na Rua Dona Luiza, cuja franquia fechou em 2024.
Luiza se aproveitou de uma mudança de nome para forjar uma nova persona. Isso porque ela é uma mulher trans e passou a se apresentar como Luiza recentemente, antes de sair do supermercado. A franquia fechou e, desde maio de 2024, Luiza se apresenta nas redes e pessoalmente como oficial da polícia.
Ela também alegava ser filha de um coronel da PMMG e dizia ter um irmão que ocupava o cargo de promotor de Justiça. As informações também são mentirosas.
Documentos falsos
Ela também alegava ser filha de um coronel da PM e dizia ter um irmão que ocupava o cargo de promotor de Justiça.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita também se passava por advogada e usava o número da OAB-MG de um outro advogado registrado. A Ordem dos Advogados informou que não há registro de advogada com esse nome na seccional mineira.
Além disso, a mulher usava imagens de crianças em suas redes sociais, afirmando serem seus filhos. A polícia confirmou que as fotos pertenciam a outras pessoas e eram utilizadas sem autorização. Os pais das crianças foram localizados e negaram qualquer vínculo com Luíza.
Na casa do mulher trans, foram encontrados documentos falsificados, crachás da PMMG, cartões bancários em nomes diversos, aparelhos celulares e uma réplica de arma de fogo. Ela também se passava por advogada e, para isso, usava o número da OAB-MG de um profissional registrado.
Luíza confessou ter criado identidades fictícias para tentar receber benefícios do governo e admitiu ter forjado documentos como alvarás, cartas da Previdência Social e procurações com uso indevido de número da OAB.
Ela foi presa em flagrante e encaminhada à delegacia. A Polícia Militar informou que os crimes configuram estelionato, falsidade ideológica, usurpação de função pública e furto. A reportagem procurou a Polícia Civil e aguarda retorno da instituição.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a suspeita também se passava por advogada e usava o número da OAB-MG de um outro advogado registrado. A Ordem dos Advogados informou que não há registro de advogada com esse nome na seccional mineira.
Além disso, a mulher usava imagens de crianças em suas redes sociais, afirmando serem seus filhos. A polícia confirmou que as fotos pertenciam a outras pessoas e eram utilizadas sem autorização. Os pais das crianças foram localizados e negaram qualquer vínculo com Luíza.
Na casa do mulher trans, foram encontrados documentos falsificados, crachás da PMMG, cartões bancários em nomes diversos, aparelhos celulares e uma réplica de arma de fogo. Ela também se passava por advogada e, para isso, usava o número da OAB-MG de um profissional registrado.
Luíza confessou ter criado identidades fictícias para tentar receber benefícios do governo e admitiu ter forjado documentos como alvarás, cartas da Previdência Social e procurações com uso indevido de número da OAB.
Ela foi presa em flagrante e encaminhada à delegacia. A Polícia Militar informou que os crimes configuram estelionato, falsidade ideológica, usurpação de função pública e furto. A reportagem procurou a Polícia Civil e aguarda retorno da instituição.
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