Imagem de câmera de segurança mostra vítima machucada conversando com funcionária do colégio.
Pernambuco - Um vídeo de câmera de segurança da escola mostra o momento em que a confusão acontece. Ele indica que a agressão aconteceu próximo ao banheiro da escola em que Alícia estudava. As imagens não mostram claramente o espancamento. Porém, é possível ver quando a jovem, que usava uma blusa branca e calça jeans, se aproxima ao local e começa uma confusão. Depois, ela vai até uma professora e avisa sobre o ataque.
Nas imagens, a jovem aparece abalada, com uma mão no nariz e outra no ouvido. O caso aconteceu no dia 3 de setembro e a menina morreu no domingo (7). Ela teve morte cerebral decretada quatro dias depois, no Hospital da Restauração, no Recife.
O corpo dela chegou à cidade apenas na terça-feira (9), e ela foi enterrada na quarta (10).
A investigação do caso segue em andamento, diz a Polícia Civil. O caso foi registrado como lesão corporal seguida de morte. De acordo com o boletim de ocorrência do caso, as violência teriam começado após a menina ter se recusado a "ficar" com um dos colegas.
Segundo familiares, Alícia chegou a ser atendida em diferentes unidades de saúde apresentando sangramentos pelo nariz e ouvido, mas foi liberada em todas as ocasiões. O quadro se agravou quando ela começou a vomitar sangue.
A escola municipal onde a agressão ocorreu classificou o episódio como um "momento de grande tristeza para toda a comunidade escolar" e disse que Alícia "sempre será lembrada com carinho pela sua alegria, simplicidade e convivência entre colegas, professores e funcionários".
A instituição afirmou ainda que, "em tempo hábil, prestou todo o socorro necessário à aluna, conduzindo-a ao hospital e garantindo a devida assistência". E que, desde os primeiros momentos, tem acompanhado a família "de perto em parceria com as Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social, buscando oferecer suporte humano, emocional e institucional".
Em nota, a Prefeitura de Belém do São Francisco afirmou que prestou "toda a assistência necessária à família" desde os primeiros momentos e que não houve omissão por parte do poder público.
O comunicado disse ainda que "não houve negligência médica ou alta hospitalar pelos profissionais da saúde que realizaram o atendimento da menor Alícia Valentina no hospital do município Dr. José Alventino Lima" e que a estudante teria sido levada para casa pela mãe "sem autorização da médica plantonista".
A administração municipal também disse que o caso foi encaminhado às autoridades competentes e manifestou solidariedade à família, amigos, professores e colegas da aluna.
Segundo a mãe da menina, Alícia era uma criança “doce” e “não mexia com ninguém”.
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