Arlindo Cruz, cantor e compositor, morreu aos 66 anos, nesta sexta-feira (8), após enfrentar graves sequelas de um AVC isquêmico sofrido em 2017, que comprometeu sua mobilidade e fala.
Desde então, passou por diversas internações devido a complicações de saúde e chegou a sobreviver a uma parada cardíaca de 15 minutos, sendo reanimado pela equipe médica. O AVC interrompeu precocemente a trajetória de um artista que deixou um legado inestimável.
Arlindo deixa a esposa Babi Cruz, com quem esteve junto por mais de 26 anos, e os filhos Arlindinho e Flora Cruz.
Revelações inéditas sobre a vida do sambista
No dia 7 de julho, pouco antes da morte do cantor, foi lançada a biografia "O Sambista Perfeito", escrita pelo jornalista Marcos Salles. Com 462 páginas e resultado de quatro anos de trabalho, a obra reúne depoimentos de Arlindo antes do AVC e de 120 pessoas, incluindo Maria Bethânia, Zeca Pagodinho, Maria Rita e Regina Casé, além de amigos e familiares.
O autor destaca que o livro é repleto de emoção, com capítulos como "Arlindo Cruz é Pop", que aborda sua relação com Marcelo D2 e Rogê, e "O Legado de Arlindo Cruz/A Falta que ele faz", onde 45 pessoas falam sobre a importância do artista.
"É um livro para rir, para chorar e para pensar", afirma Salles.
A batalha contra o vício
Nascido em Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro, Arlindo Cruz começou a tocar cavaquinho aos seis anos. Tornou-se integrante do Fundo de Quintal por mais de uma década e foi peça fundamental na revitalização do samba nos anos 1980. Salles conheceu o sambista em 1981, no Pagode do Cacique. Com o tempo, o escritor se aproximou da família. O convite para escrever a biografia partiu de Babi Cruz, e o trabalho foi iniciado em 2021.
Um dos capítulos mais impactantes de "O Sambista Perfeito" aborda o vício de Arlindo Cruz em cocaína. Segundo Salles, nos anos 1980 a droga entrou de forma intensa no meio musical e se espalhou facilmente. "Ele tentou parar algumas vezes. Se internou, tentou parar. Ele reconhecia isso, mas também entendia que era difícil", contou o autor.
De acordo com Arlindinho, pouco antes do AVC o pai já estava praticamente livre da droga.
Um legado de generosidade e talento
Durante a produção da biografia, Salles ressaltou a generosidade de Arlindo Cruz, sempre disposto a ajudar sem esperar nada em troca. Compositor extremamente produtivo, criava músicas diariamente e, mesmo capaz de trabalhar sozinho, fazia questão de dividir a autoria com parceiros.
Fiel ao candomblé e aberto ao diálogo com todas as religiões, o sambista é lembrado por sua liderança serena, gargalhadas e espírito brincalhão.
Nascido em Piedade, subúrbio do Rio de Janeiro, Arlindo Cruz começou a tocar cavaquinho aos seis anos. Tornou-se integrante do Fundo de Quintal por mais de uma década e foi peça fundamental na revitalização do samba nos anos 1980. Salles conheceu o sambista em 1981, no Pagode do Cacique. Com o tempo, o escritor se aproximou da família. O convite para escrever a biografia partiu de Babi Cruz, e o trabalho foi iniciado em 2021.
Um dos capítulos mais impactantes de "O Sambista Perfeito" aborda o vício de Arlindo Cruz em cocaína. Segundo Salles, nos anos 1980 a droga entrou de forma intensa no meio musical e se espalhou facilmente. "Ele tentou parar algumas vezes. Se internou, tentou parar. Ele reconhecia isso, mas também entendia que era difícil", contou o autor.
De acordo com Arlindinho, pouco antes do AVC o pai já estava praticamente livre da droga.
Um legado de generosidade e talento
Durante a produção da biografia, Salles ressaltou a generosidade de Arlindo Cruz, sempre disposto a ajudar sem esperar nada em troca. Compositor extremamente produtivo, criava músicas diariamente e, mesmo capaz de trabalhar sozinho, fazia questão de dividir a autoria com parceiros.
Fiel ao candomblé e aberto ao diálogo com todas as religiões, o sambista é lembrado por sua liderança serena, gargalhadas e espírito brincalhão.
Comentários
Postar um comentário