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Embriagado, homem provocou morte de família e foi condenado a 54 anos de prisão

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O teste do bafômetro indicou a presença de 0,78 mg/l de álcool no sangue, valor bem acima do permitido por lei.

Guilherme Henrique, Carlos Henrique, Alverina Guariz e Eldinéa da Silva morreram no acidente. Crédito: Arquivo/A Gazeta

Na última quarta-feira (30), o motorista Renato Fernando Briato foi condenado a 54 anos de prisão em regime fechado por provocar um acidente que resultou na morte de quatro pessoas da mesma família, no bairro Nova Carapina, no município da Serra, em 2012. O julgamento, realizado por júri popular, ocorreu no Fórum da Serra.

De acordo com o processo, o réu dirigia um caminhão sob efeito de álcool quando perdeu o controle da direção, entrou na contramão e colidiu de frente com o carro da família. As vítimas viajavam de São Gabriel da Palha para participar de uma festa.

Renato Fernando Briato, foi condenado a 54 anos de prisão. (Crédito: Tribuna Online/TN)

No carro estavam Carlos Henrique da Silva Nascimento, que conduzia o veículo; a mãe dele, Eldinéa da Silva Lafaiete; a sogra, Alverina Guariz; e o menino Guilherme Henrique Guariz Miranda, de 10 anos. Todos morreram no acidente.

Sobreviventes

A esposa de Carlos, Delma Aparecida Guariz, e a filha do casal também estavam no veículo, mas sobreviveram à colisão. Em 2019, a Justiça determinou que Renato pagasse indenização de R$ 150 mil por danos morais a Delma Aparecida Guariz.

O motorista chegou a ser preso, mas obteve um alvará de soltura e respondeu ao processo em liberdade. Após o anúncio da condenação, ele saiu do fórum algemado e sob custódia.

Na manhã desta quinta-feira (31), Renato passou pelo Instituto Médico Legal (IML) e foi encaminhado ao sistema prisional, onde deverá cumprir a pena.

Relembre o caso

Na noite do dia 20 de abril de 2012, um trágico acidente provocado por um motorista embriagado tirou a vida de quatro pessoas da mesma família — entre elas, uma criança de 10 anos — na BR-101, na altura do bairro Nova Carapina, na Serra.

O autor do acidente foi o caminhoneiro Renato Fernando Briato, então com 29 anos, que dirigia um caminhão Mercedes-Benz. Por volta das 23h, ele perdeu o controle do veículo, invadiu a contramão e colidiu frontalmente com um Fiat Doblò, que transportava seis pessoas da mesma família.

No local morreram o condutor do Doblò, Carlos Henrique da Silva Nascimento, 23 anos; sua mãe, Edinéa da Silva Lafaiete, 39 anos; e sua sogra, Alverina Guariz. Já o menino Guilherme Henrique Guariz Miranda, de apenas 10 anos, chegou a ser socorrido por uma ambulância do SAMU e encaminhado ao Hospital Infantil de Vitória, mas não resistiu aos ferimentos. Ele sofreu traumatismo craniano e teve três paradas cardíacas.

Sobreviveram ao acidente apenas Delma Aparecida Guariz, de 36 anos, esposa de Carlos Henrique, e a filha adolescente do casal, de 14 anos. O motorista do caminhão sofreu apenas escoriações leves na cabeça e nas costas.

Depoimento e prisão

Em depoimento à polícia, Renato Briato afirmou que perdeu o controle do caminhão após ser ofuscado pelo farol alto do Doblò. Ele contou que tentou jogar o veículo para o acostamento, mas caiu em uma canaleta. Ao tentar retornar à pista, acabou invadindo a contramão, atingindo o carro da família em cheio. Com o impacto, ambos os veículos capotaram e caíram em um barranco às margens da rodovia.

Segundo ele, mesmo ferido, tentou socorrer as vítimas, mas percebeu que três pessoas já estavam mortas e a criança desacordada no asfalto. Renato foi localizado no Hospital Dório Silva e, ao ser questionado, alegou que não havia fugido, apenas procurado atendimento médico.

O teste do bafômetro indicou a presença de 0,78 mg/l de álcool no sangue, valor bem acima do permitido por lei. Renato foi encaminhado ao Departamento de Polícia Judiciária (DPJ) da Serra, onde foi autuado em flagrante por quatro homicídios dolosos (quando há intenção de matar). Na época, foi conduzido ao Centro de Triagem de Viana.

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