Anúncio

Caso com final trágico acende alerta sobre a extração do siso

Marcadores:
A morte trágica de Isadora Belon Albanese, uma jovem de 18 anos, após complicações na extração dos dentes do siso no interior de São Paulo, gerou grande repercussão e acende um alerta urgente. O caso, apesar de raro, reforça a necessidade de cuidados redobrados e atenção aos sinais de alerta em procedimentos que, à primeira vista, parecem simples.

Foto: Reprodução


Uma vida interrompida: A história de Isadora

Isadora era filha única de Ricardo e Graziela, uma estudante de Psicologia, cheia de vida e sem histórico de problemas de saúde. Em março deste ano, o desconforto com os sisos do lado direito a levou a uma dentista, que realizou o procedimento de extração. Apesar das dores comuns do pós-operatório, tudo pareceu transcorrer sem maiores complicações.

A dentista, então, recomendou a remoção do siso do lado esquerdo por precaução. Foi nesse segundo procedimento que a história de Isadora tomou um rumo inesperado e devastador.


O pesadelo pós-cirúrgico e a busca por ajuda

Em 19 de abril, quase um mês após a primeira cirurgia, Isadora operou o lado esquerdo da boca. Logo em seguida, as dores começaram a se intensificar de forma alarmante. Segundo o relato dos pais ao programa Fantástico, a jovem chegou a gritar de dor, sem conseguir dormir ou respirar direito.

A família procurou a dentista, que teria minimizado a situação, atribuindo o quadro à normalidade do pós-operatório e sugerindo apenas a troca de medicamentos. Dois dias após a cirurgia, em 21 de abril, o estado de Isadora se agravou, levando-a à internação hospitalar. Infelizmente, a jovem veio a falecer em 23 de abril, devido a complicações decorrentes da infecção.


A urgência de atendimento e a luta por transparência

Os pais de Isadora denunciam a demora no atendimento hospitalar e a ausência de um especialista no caso da filha. Eles afirmam que Isadora esperou por 14 horas por um cirurgião bucomaxilofacial, período crucial em que a infecção teria se espalhado e se agravado irreversivelmente.

O Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) ressalta a importância de que todos os hospitais contem com um cirurgião bucomaxilofacial, especialidade fundamental para tratar das cavidades orais.


Infecções raras, consequências graves: O alerta dos especialistas

O especialista Sidney Neves, entrevistado pelo Fantástico, enfatizou que a cirurgia de siso é, na maioria dos casos, extremamente segura. A morte de Isadora se deu por um processo infeccioso, algo considerado muito raro.

Foto: Reprodução

O Hospital Modelo de Sorocaba, onde Isadora foi internada, informou que a jovem apresentava um quadro grave de infecção, que evoluiu para uma infecção generalizada, mesmo com a medicação e acompanhamento. A dentista que realizou a cirurgia afirmou ter tomado todas as medidas preparatórias, medicações e acompanhamento pós-operatório.


Campanha por mais segurança e as recomendações essenciais

Em meio à dor da perda, os pais de Isadora iniciaram uma campanha nas redes sociais, que já soma mais de 60 mil assinaturas, solicitando uma normativa única para a extração do siso. Embora o CROSP tenha recebido o pedido e esteja reavaliando o caso, o conselho destaca a dificuldade de impor uma norma única, dada a variação de cada procedimento.

O caso de Isadora, por mais incomum que seja, serve como um poderoso lembrete de que infecções dentárias podem se espalhar rapidamente e comprometer órgãos vitais. Apesar de a cirurgia do siso ser mais moderna hoje, ainda é um procedimento invasivo que exige cautela.

Por isso, antes e depois da cirurgia, é fundamental atentar-se aos seguintes cuidados:

  • Antes da cirurgia:

    • O cirurgião-dentista deve avaliar o histórico de saúde do paciente, incluindo doenças pré-existentes.

    • É crucial solicitar exames de sangue e radiografia, independentemente da idade do paciente.

  • No pós-operatório:

    • Evitar esforço físico para não comprometer a cicatrização.

    • Manter uma higiene bucal rigorosa, conforme as orientações do dentista.

    • Consumir alimentos frios, líquidos ou pastosos para não irritar a área operada.

    • Seguir corretamente a medicação prescrita, sem interrupções.

A tragédia de Isadora reforça a importância da comunicação aberta entre paciente, família e profissionais de saúde, e a necessidade de buscar uma segunda opinião ou retornar imediatamente ao atendimento médico diante de qualquer sintoma incomum ou agravamento do quadro.

TV WEB NA SUA MÃO!

Comentários

Postar um comentário

Anúncio